O governo sofreu uma derrota na tarde desta quarta-feira na votação da
medida provisória (MP) do Código Florestal, na Comissão Mista do
Congresso. Os ruralistas derrubaram as áreas de proteção nas margens de
rios intermitentes. A comissão retoma amanhã a votação das propostas de
alteração do parecer do relator, senador Luiz Henrique (PMDB-SC).
"Metade
dos rios brasileiros vão ficar sem proteção. Isso é um desastre. Muitos
rios são formados assim, alimentados por esses outros que não são
perenes. É a mais desastrosa votação para o meio ambiente", disse o
senador Jorge Viana (PT-AC).
Depois de concluída a votação na
Comissão Mista, a MP ainda precisa ser votada nos plenários da Câmara e
do Senado. Como os ruralistas são maioria, Viana já defende até que a
votação seja suspensa e o governo deixe a Medida Provisória perder a
validade no dia 8 de outubro, para que o estrago, na sua visão, não seja
maior ainda. A MP foi editada para suprir vácuos deixados depois que a
presidente Dilma vetou trechos do novo Código Florestal aprovado pela
Câmara. O texto reduzia a proteção ambiental.
Na tarde de hoje,
um acordo de procedimento foi feito para votar 40 das 343 propostas de
alteração do parecer de Luiz Henrique, e rejeitar em bloco o resto.
Foram votadas cinco, a sessão foi suspensa e será retomada amanhã. Pela
manhã, senadores ambientalistas acusaram o relator da MP, senador Luiz
Henrique (PMDB-SC), de tentar abrir uma brecha que permitiria o aumento
do desmatamento na Amazônia Legal. A MP perde a validade em 8 de outubro
e até lá o Congresso ficará vazio devido ao recesso branco que precede
as eleições municipais.
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