sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Candidatos apostam em apelidos eróticos e bizarros como marketing

Nestes tempos em que o marketing define nossas vidas, ser candidato a um cargo público é mais ou menos como vender um produto. O bom candidato precisa fazer com que o eleitor realmente acredite nele: em sua imagem, em seu discurso e, também, em seu nome. Maria Raimunda Soares Alcantara sabe bem disso. Aos 52 anos, solteira, ela adotou um nome mais simpático para tentar ser vereadora em Cachoeira do Arari, no Pará. Candidata pelo Partido Trabalhista Cristão, ela é a Maria Gostosa.

Por sorte, nenhum dos nove Pirocas destas eleições mora perto de Maria Gostosa. Sim, há nove Pirocas na campanha, muitos orgulhosos dos sobrenomes herdados. Só que em Pontalina (GO) há um postulante a vereador cujo nome é Sebastião José Amador. Tião, como a gente espera que ele seja chamado pelos parentes, achou seu nome sem graça. Adotou, então, um apelido. Ele é simplesmente o Piroca.

Mas poderia ser pior. Sempre pode ser. Uma candidata a vereadora em Santa Maria de Jetibá (ES) assina Rola Italiana. A gente torce para que ela nunca explique a origem do “italiana”. Aliás, o site de dados Eleições 2012 lista cinco candidatos que usam o nome Rolla e 17, Rola, incluindo as variantes Róla e Rôla e Vandão do Rala e Rola. Fora Pau Doce, Marcio do Pau Preto e Pau Vestido. "Eu não fumo, mas também não podemos discriminar quem fuma"

Em seus vídeos de campanha, o candidato a vereador no Rio pelo PSDB Miguel Fernández y Fernández apela para uma tática arriscada. Ele aparece numa mesa de bar, num ambiente fechado, tomando uma cervejinha ao lado de amigos fumantes. E ainda diz: “Temos que acabar com essa história do politicamente correto”. Hein?

Crise de identidade heroica

Em Piracicaba (SP), um candidato a vereador do PP tem se apoiado na imagem de um conhecido super-herói. Ele é chamado Geraldo Wolverine. O nome já é um tanto bizarro, mas é sempre possível que o sujeito tenha sido um grande nerd na escola e tenha ficado conhecido em Piracicaba pelo apelido de infância. Mas Geraldo achou que o nome não era suficiente. Ele deixou as costeletas crescerem, cortou o cabelo como o herói e ainda fica dando gritos raivosos. Só que há um problema de crise de identidade nisso. Num de seus vídeos que está na web, ele diz: “Quem poderá nos defender?” Geraldo, amigão, o Chapolin Colorado não é exatamente um tipo que passa confiança para o eleitorado.

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