Os representantes da Usina Cruangi, localizada em Timbaúba, na Zona da
Mata Norte de Pernambuco, participaram de uma audiência com o Ministério
Público do Trabalho na tarde desta sexta-feira (31). No encontro, foram
discutidas propostas para o pagamento da dívida trabalhista que segue
há mais de três meses, enquanto a empresa esteve com seus bens
bloqueados. Como alternativa, a Cruangi deve vender parte de sua
cana-de-açúcar para as usinas Petribu e Olho D’Água, que estiveram na
audiência e receberam as propostas da venda. Os representantes devem se
reunir novamente na tarde de terça-feira (4), para chegar a um acordo.
De acordo com a Superintendência da Usina Cruangi, mesmo com a
liberação dos bens da empresa pelo Tribunal Regional Federal da 5ª
Região (TRF-5), no dia 22 de agosto, o Juízo da 25ª Vara Federal
continuava não liberando os bens. No início desta semana, a Justiça
Federal se pronunciou, afirmando que não havia proibido a venda da
cana-de-açúcar, e que a empresa poderia aproveitar a venda do produto
para pagar suas dívidas.
Caso o acordo seja firmado, parte do dinheiro arrecadado com a venda
será voltado para pagar uma parcela dos salários atrasados dos 2,3 mil
trabalhadores, enquanto a outra parte será destinada para os custos de
funcionamento da empresa. Entre estes gastos, estão o combustível dos
caminhões utilizados para o transporte da cana, as contas de energia e
luz, o reparo de máquinas e o pagamento dos fornecedores.
“As duas empresas da região estiveram presentes, mas como alguns
critérios precisavam ser fechados, eles vão retornar para fazer uma
discussão interna na segunda com as empresas. Na terça então vamos
voltar para ver se encaminhamos melhor a venda de parte da cana da
Cruangi”, comentou o diretor de política salarial da Federação dos
Trabalhadores na Agricultura no Estado de Pernambuco (Fetape), Paulo
Roberto.
http://g1.globo.com
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