A Comissão Econômica para a América Latina (Cepal) encerrou nesta
sexta-feira as suas sessões em San Salvador com o compromisso dos
Estados de trabalhar para tirar da extrema pobreza cerca de 73 milhões
de latino-americanos.
"Há (na América Latina) 174 milhões de
pobres, dos quais 73 estão na extrema pobreza. Neste momento, vamos
começar a tirar da extrema pobreza 73 milhões de latino-americanos",
lançou a secretária da Cepal, Alicia Bárcena, durante o ato de
encerramento do fórum.
Para atingir este objetivo, Bárcena
afirmou que os países da região devem estabelecer políticas concretas
dirigidas a esses cidadãos, antes traçar metas mais ambiciosas no plano
social.
"Sessenta anos depois (da criação da Cepal pela ONU em
1948), lançamos agora, de San Salvador, uma ambiciosa proposta, que
aplica experiências e aprendizagens passadas aos desafios que a
sociedade contemporânea nos impõe", disse Bárcena.
Ela destacou
que os países da região têm agora uma "visão integrada de
desenvolvimento" que articula as dimensões econômica, social e
ambiental.
O encontro da Cepal abordou também "transformações qualitativas" na estrutura produtiva dos países da região.
"Para
diversificar a economia para setores com maior valor agregado e gerar
cadeias produtivas, precisamos de um Estado pró-ativo em políticas
industriais, que fortaleça as micro, pequenas e médias empresas, que
promova um salto em pesquisa e desenvolvimento (...)", destacou Bárcena.
Nesse
sentido, a secretária da Cepal afirmou que "toda a região concorda que a
única forma de consolidar a democracia" é "aspirando à igualdade", em
uma população de cerca de 600 milhões de habitantes, entre América
Latina e Caribe, onde o desafio é atender os mais pobres.
O próximo período bienal de sessões da Cepal será realizado no Peru em 2014.
www.diariodepernambuco.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário