O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse nesta
quarta-feira (12) que é preciso “evoluir na questão do financiamento”
por meio do cartão de crédito.
Tombini lembrou que o percentual
mínimo da fatura a ser paga pelo consumidor é 15%. “Gostaríamos de
pagamento mínimo muito maior. Mas, no curto prazo, [isso] criaria um
problema para as pessoas que estão nesse processo [de pagar apenas o
percentual mínimo]”, afirmou em audiência pública do Senado, em resposta
a questionamento sobre as altas taxas do crédito rotativo dos cartões.
O BC chegou a anunciar medida de aumento desse pagamento mínimo para 20%, no final de 2011, mas recuou da decisão.
Segundo
Tombini, em 2011, do fluxo de R$ 420 bilhões de compras com cartão de
crédito, cerca de R$ 40 bilhões referem-se a crédito rotativo.
Tombini
disse ainda que o setor de cartões de crédito tem peculiaridades no
Brasil, diferentemente de outros países, como o parcelamento, sem juros,
pelos lojistas, com prazo médio de 3,6 meses. Esse parcelamento, que em
2011 chegou a cerca de R$ 200 bilhões, é um benefício ao consumidor, na
avaliação do presidente do BC.
Ele disse ainda que, em média, os consumidores pagam a fatura em 26 dias, sendo que o prazo máximo é 40 dias.
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